quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Quando sou fraco


Olá pessoal, venho aqui colocar o relato da luta que passei e estou passando pela graça de Deus. Rodrigo Bedritichuk (http://rodrigobedritichuk.blogspot.com.br/) escreveu sobre algumas coisas que aconteceram e descreveu muito bem o que foi vivido nessa época.

Quando sou fraco


Lá pelos idos de outubro as coisas realmente começaram a piorar para o nosso amigo Marcos. O breve suspiro de felicidade foi aplacado pela notícia sufocante do agravamento de sua doença. O resultado da biópsia médica pesou no ar e apertou o coração dos que o conheciam.

Tudo isso havia começado uns dois meses antes, quando ele recebera o diagnóstico de que tinha um tumor no cérebro. A notícia causou espanto e temor a todos. A surpresa e a gravidade da patologia produziram em mim e em outras pessoas certo desespero, logo dissipado quando vimos o modo sereno com que o próprio Marcos encarou o problema. Pude passar com ele o dia seguinte ao recebimento de tão desestabilizadora notícia e testemunhar a força e a confiança que ele transparecia. A ocasião era a despedida de solteiro de um amigo nosso, e lá estava o Marcos no meio de todos, conversando e brincando como se nada tivesse acontecido. Aproximei-me para conversar sobre o assunto, receoso de como ele iria reagir à minha indagação, e com medo da impertinência da minha pergunta. Mas tivemos uma conversa aberta e gostosa como se estivéssemos falando sobre qualquer aventura da vida, mesmo falando na verdade sobre os perigos dela. Ele estava confiante! Falava sempre em não desperdiçar seu câncer, pois queria aproveitar a adversidade para crescer espiritualmente.

Os dias que daí se seguiram foram tensos. Estávamos todos à espera da confirmação do diagnóstico. Ele iria se consultar com outros médicos; queria ter a certeza do resultado. Triste notar que a incerteza da doença teve que adiar planos. Marcos tinha intenções de se casar, já havia escolhido o anel de noivado, mas teve que postergar o momento do noivado quando soube de seu tumor. No entanto, adiar alguns planos não significava renunciar à vida. E ele ainda estava lá, na igreja, nos eventos, com seu jeitão esguio, educado como sempre, com um semblante límpido que contrastava com as lágrimas dos amigos que o viam daquela forma tão agradável. Os amigos combinavam um lugar para sair, e Marcos não perdia a oportunidade de fazer graça com a própria situação: “quero ir para tal lugar, é o meu último desejo”. A forma brincalhona e satírica com que vivia ainda estava presente.

Finalmente, o resultado saiu: o tumor era provavelmente benigno, e necessitava apenas de acompanhamento regular. A notícia se espalhou rapidamente com um gosto de vitória para todos. A vida poderia retomar a sua normalidade habitual.

Foi quando em uma fatídica sexta-feira do mês de setembro Marcos começou a ter fortes dores de cabeça. A dor somou-se às tonturas, e ele começou a ficar preocupado. No sábado, logo pela manhã, a sentença do médico – Marcos teria que se submeter a uma cirurgia de emergência. O procedimento era de alto risco, e teria de ser feito às pressas. Como suportar uma notícia dessa logo agora que as coisas pareciam voltar ao seu lugar? A esperança comprimiu-se dentro do peito. Ainda atordoado, esperei um pouco e afinal tomei coragem de ligar para ele. A voz embargada e trêmula do outro lado da linha golpeou minha intenção de confortá-lo; agora era eu quem lutava contra as lágrimas. Consegui trocar apenas algumas palavras de força e esperança em Deus e desliguei o telefone antes de começar a chorar. Soube depois que a fraqueza de Marcos diante da cirurgia durou pouco tempo, e logo depois ele já estava risonho e conversador, e que se dirigira à cirurgia com bom ânimo.

Uma corrente de orações, clamores e torcida por sua vida estendeu-se pela cidade. Familiares e amigos levantaram suas vozes intercedendo pela vida do Marcos. A cirurgia foi longa e delicada. Acabou depois da meia-noite. Enfim, o resultado trouxe alívio aos que estavam de vigília: tudo ocorrera bem. A mão poderosa de Deus estendera sua graça sobre a vida do nosso amigo.

Nessa parte da história, impossível continuar sem fazer referência à Rafa, a namorada do Marcos. Ela foi quem talvez mais sofreu todo esse tempo. Mesmo assim, era ela a intermediária entre o Marcos e o resto, uma vez que a família do Marcos estava muito abalada para dar informações precisas aos amigos e colegas. Sempre que se queria saber alguma notícia da recuperação ou dos procedimentos de visita, era só ligar para a Rafa. Com paciência e firmeza, ela atendia a todos.

Os médicos estimaram que ele iria reaprender a andar em três meses. Mas antes que uma semana se passasse ele já estava em casa, falando e andando normalmente. A velocidade da recuperação surpreendeu a todos e atestou que sua existência a partir dali seria um concreto milagre de Deus. Sua casa estava sempre cheia de visitas, de pessoas que iam ali para vê-lo, pensando que iriam encontrar alguém debilitado pelo pós-operatório, mas que se deparavam com uma pessoa cheia de vida e vontade de viver, cujo único sinal da cirurgia era um curativo na parte de trás da cabeça. Passei ali uma agradável tarde de sábado, dando boas risadas de suas piadas inteligentes e desfrutando de seu senso de humor aguçado. Como foi bom reencontrá-lo daquela forma.

Marcos e Rafaela
Certamente a proximidade da morte operou uma transformação na forma com que ele levava a vida. Isso porque duas semanas após a cirurgia, Marcos e Rafaela ficaram noivos. Que lição de vida, que amor à vida. Afinal, diz a Bíblia, “vá, coma com prazer a sua comida, e beba o seu vinho de coração alegre, pois Deus já se agradou do que você faz. Esteja sempre vestido com roupas de festa, e unja sempre a sua cabeça com óleo. Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol” (Eclesiastes 9:7-9).

Todos perceberam nele a disposição de fazer a vida valer a pena, de não perder tempo com coisas que consomem o tempo de uma vida e depois se revelam como uma corrida atrás do vento. Não temos controle sobre o dia em que chegamos e o dia em que partimos desse mundo. Mas a forma como vivemos nesse intervalo é dada a nós escolher. E ele havia escolhido a plenitude, encontrada somente por aqueles que “perdem a sua vida para achá-la em Cristo”.

Novamente, a alegria vivida por todos foi solapada por outra notícia avassaladora. O resultado da biópsia saíra, e indicava um tumor maligno, de um tipo raro de câncer. Silêncio e indagações dominaram a paisagem. Por que haveria de ser assim? Uma vez mais, o assombro de notícias ruins parecia demolir toda a segurança e conformação que já se haviam construídos sobre a situação.

Uma semana após essa notícia, fui visitá-lo num dia de feriado. Eu e alguns amigos combinamos de ir a casa dele para fazer-lhe companhia com jogos, conversa e oração. Que tarde agradável aquela, e é mesmo uma ironia que muitas vezes seja a dor o motivo que une amigos em comunhão e alegria. Lá estávamos nós naquela sala, naquele dia chuvoso e abafado de outubro, bem acomodados e conversando. Num canto, recostado a uma poltrona, estava o Marcos, os pés cruzados em cima da almofada, o olhar atento sem perder um assunto ou um ensejo para proferir as suas habituais tiradas. Ouviu com interesse às palavras de clamor a Deus e encorajamento. Volta e meia se percebia que sua mão instintivamente procurava as mãos da Rafa, sua noiva; se tocavam ambas num gesto representativo de cumplicidade. Após entoarmos alguns cânticos e ouvirmos a leitura da Bíblia e a mensagem de seus amigos, Marcos tomou a palavra com objetividade e segurança. Agradeceu as manifestações de apoio e testemunhou junto com o apóstolo Paulo “não considerar a vida de valor algum para si mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus o confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus”. (Atos 20:24)

Após esse momento, começamos os jogos. Dispensa maiores detalhes contar a bagunça que sete amigos fizeram naquela tarde: muita gritaria, risadas, chacotas mútuas, torcida, táticas, zoações e diversão. Creio que quase três horas depois acabamos o jogo. O vencedor, Marcos! O fim perfeito para esse dia em que cada um dedicou seu tempo a fim de animar nosso querido amigo.

Dali a algum tempo, Marcos partiria com sua família para São Paulo para realizar a segunda cirurgia. Fez alguns exames de rotina e aguardou a liberação dos médicos e do plano de saúde. O dia chegara, afinal. Novamente, o risco era grande. A tecnologia avançadíssima à disposição dos médicos não significava a certeza de sucesso do procedimento cirúrgico. Remover o resto do tumor em uma região tão delicada como o cérebro trazia a possibilidade de sérias sequelas. Junto à família, fora o Pr. Felipe e, claro, a noiva Rafaela.

Devido à distância, ficamos dependentes das notícias divulgadas na internet pelos que estavam em São Paulo. Não obstante, as orações não cessaram. Um grupo se dirigiu à igreja na hora da cirurgia para interceder a Deus pela vida do Marcos. Na noite daquele início de novembro, enfim soubemos que a cirurgia havia sido um sucesso. Ele havia saído bem da cirurgia e inclusive perguntara se estava tudo bem com ele. Aqui a notícia foi se espalhando com alegria. Certamente, mais um avanço grandioso nessa luta tênue contra a morte. Depois se soube que todo o tumor havia sido retirado, no que consistia uma ditosa vitória, motivo de grande regozijo.

Marcos e Milton (pai)
E durante todo aquele mês de novembro, essa foi a sistemática adotada para comunicar a todos sobre o que ocorria em São Paulo. Alguém da família, geralmente seu pai, divulgava nas redes sociais o que se processava lá. E assim ficávamos informados e continuávamos a torcer e orar pela sua plena recuperação. Impossível esquecer que seu pai, um pouco após a cirurgia, divulgou fotos da recuperação do Marcos, definindo-o mui sabiamente: um herói. As imagens revelavam aquele mesmo menino, aquele mesmo jeitão típico, aquele mesmo sorriso. Quem diria que aquele rapaz tivera sua cabeça aberta duas vezes e que médicos haviam arrancado dali de dentro um tumor maligno? Sua força transparecia pelas fotos.

O passo seguinte consistia na realização da rádio e quimioterapia. O tratamento também seria feito lá em São Paulo. Por esse tempo, o Marcos me disse que estava tranquilo por lá, apesar da saudade de Brasília.

Uma vez mais essa história que se desenrolava no fim do ano sofreu reviravolta. As boas expectativas pelo início do tratamento de rádio e quimioterapia deram lugar à apreensão por um novo diagnóstico médico: meningite. Marcos estava sentindo fortes dores de cabeça, e teve de adiar o início do tratamento para cuidar da meningite, que, graças a Deus, não era das mais fortes. Mesmo assim, o incidente confundiu todo o planejamento médico já traçado, de modo que os médicos não entravam num consenso sobre a melhor forma de tratá-lo, se com a rádio ou a quimioterapia primeiro, ou as duas de uma vez.

Dezembro já havia chegado, e a distância já incomodava os dois lados: nós, que aqui estávamos acompanhando o tratamento pelas notícias da internet; e ele, que já estava há um bom tempo longe de família e amigos. Penso como deveria estar sendo difíceis aqueles dias ali. Em uma cidade diferente, em um hospital, com a mente e o tempo ocupados apenas na doença.

Por esses dias a Rafa começou a colher depoimentos para fazer um vídeo de Natal para o Marcos. Sua tranquilidade impressionava. Não sei se ela agia como quem finge não estar nada diferente ou como quem tem uma fé inabalável, mas levava a situação com serenidade e placidez. Posteriormente, ela confessou a minha esposa sua comovente situação. Afirmou que quando primeiro soube do diagnóstico, rasgou o coração diante de Deus, admitindo não ter forças para lutar aquela batalha. Seria melhor lhe fosse tirada a vida do que continuar a presenciar aquele mal ao futuro marido. Ainda consternada, ela clamou que Deus fosse a força dela, que Ele a carregasse e a levasse a viver cada dia com o sustento que Ele daria, pois da parte dela não haveria condições de continuar. E assim ela passou a viver seus dias, sustentada pelo poder divino. Seria possível sonhar com o futuro, com o casamento, com filhos? Ela não sabia e chorava ao pensar que não pudesse viver esses dias. E então era confrontada com a voz de Deus que a incitava a permanecer firme e confiante.

Natal no hospital
O Natal veio e com ele as fotos de uma ceia passada no hospital. Ele ainda estava lá internado devido às febres. Uma noite em meio a cânticos e hinos, na fragilidade da doença, no recolhimento de um hospital. Um Natal diferente, mas tão próximo do primeiro natal, no qual o Deus salvador veio ao mundo na forma mais frágil e da forma mais humilde: uma criança nascida em uma estrebaria. A mensagem de esperança era ínsita ao momento, e certamente pôde reanimar os espíritos cansados e sobrecarregados.


Marcos, Rosy (mãe) e Rosana
Um pouco depois Marcos teve de cortar os cabelos para iniciar o tratamento de quimioterapia. O que seria um procedimento que remetia à dor e à perda revelou-se uma verdadeira festa da peruca. É que Marcos e seus familiares aproveitaram a ocasião para, com bom humor, experimentar penteados e cabelos novos, na ausência do original. A alegria que aparece nesses momentos pesados não é senão um descanso nos braços daquele que não permite que nem um fio de cabelo caia de nossa cabeça sem a sua permissão.

Passou-se janeiro, fevereiro, março... Quanto tempo já longe de casa e dos amigos. Felizmente, o tratamento estava correndo bem. O corpo de Marcos permaneceu firme após as sessões de radio e quimioterapia. O tumor estava desaparecendo. Nesse começo de 2012, um acontecimento marcante ocorreu. Marcos e Rafa iriam se casar! A cerimônia já estava marcada para setembro. Certamente um passo de fé, um símbolo de que a vida continuaria apesar da dor, uma demonstração de coragem e confiança em Deus. Claro, por que parar de viver quando a morte se aproxima? Como falei para ele em um email, os “saudáveis” não estão mais distantes da morte do que ele estava. Os riscos do acidente ou do infortúnio, embora invisíveis, são tão ou mais letais que a doença contra qual ele lutava. Por isso não havia motivo para o medo de viver e ser feliz. Aqui, óbvio, nos alegramos todos com a notícia.

Um pouco depois e tivemos a esperada notícia de seu retorno. A Rafa informou a todos e articulou uma surpresa para ele no aeroporto. Todos empolgados davam ideias sobre o que poderia ser feito para abrilhantar a recepção. Resolvemos fazer máscaras com a cara dele e um grande banner com uma mensagem de boas vindas.


No dia marcado, 29 de abril, o sol brilhou com força e fez daquele domingo um dia quente. Mesmo sendo no horário do almoço, muitos já estavam lá no aeroporto. Dois fatores fizeram o reencontro ser mais bonito: primeiro, o voo do Marcos atrasou, o que permitiu que os amigos atrasados chegassem a tempo; e o local do desembarque foi transferido para um portão mais isolado, o que deu maior privacidade ao nosso grande grupo. Mais de 50 pessoas, entre amigos e família, bebês, idosos e muitos jovens o aguardavam escondidos no meio do aeroporto de Brasília, esperando o sinal de sua chegada.

E então soou o apito, e o grande grupo seguiu em uma marcha feliz até o portão. Gritos de alegria espalharam-se pelo saguão, anunciando a volta do nosso amigo. A cabeça completamente careca, adornada por uma boina verde, o corpo alto e magro e os olhos fixos confirmavam que o Marcos havia voltado. Fizemos um semi-círculo a sua volta e observamos sua reação emocionada e feliz. Ele, então, passou a abraçar um a um dos amigos, prolongando a cerimônia que ali se instalara.


Recepção no aeroporto!

Enquanto os abraços eram dados, um silêncio pairou sobre a multidão dos presentes. Foi como se uma forte emoção houvesse tocado a todos, e naquele momento muitos já choravam. O silêncio constrangedor era entremeado por alguns gritos de guerra improvisados para o momento, mas que logo cediam lugar à quietude e à contemplação daquela hora. Difícil explicar. Só os que ali estavam conseguem compreender aquela alegria silenciosa dominando o ambiente. E ali o Marcos distribuía abraços calorosos a todos. Arrematando o momento, o Pr. Felipe, para romper o vazio das vozes embargadas e dos choros baixos, iniciou um cântico de agradecimento a Deus, seguido logo por todas as vozes. O que se produziu ali naquele aeroporto foi um espetáculo espontâneo de amizade, amor e adoração a Deus.

O coro impressionou todos quanto passavam, pois a beleza das vozes e da mensagem cantada era evidente. O momento da comoção terminou com uma oração feita pelo Pr. Felipe, que consagrou a vida do Marcos nas mãos de Deus e agradeceu pelo sucesso do tratamento e seu consequente retorno. A partir dali, a tensão das lágrimas deu lugar ao riso e às brincadeiras, com o Marcos voltando a brincar normalmente. Alguns o acompanharam no almoço em um shopping da cidade.

O mês de maio foi ocupado pelos preparativos do casamento. Reunião com os padrinhos, agendamento do local da cerimônia, lua de mel, fotógrafos, vestido... Uma infinidade de coisas que só quem já casou sabe como dão trabalho. A data havia sido marcada para setembro. Mas por prudência, o jovem casal resolveu adiá-la, esperando dar um passo de cada vez. Como que sufocados pelas responsabilidades à frente, Marcos e Rafa demonstraram certo abatimento, o qual prenunciava a triste notícia que receberiam.

Já em junho, Marcos voltou a sofrer de febre durante à noite. Nenhum outro sintoma aparecia, senão somente a febre todos os dias na parte da noite. Ele foi internado mais uma vez, e os médicos informaram que na ressonância viram uma pequena mancha no cérebro. Talvez não fosse nada, mas já foi um choque para todos. Parece que sempre que a vida voltava ao normal, algo acontecia para desviá-lo de seus sonhos. Agora, os planos para o casamento haviam sido suspensos por prazo indeterminado. Restava crer na providência divina e observar como Deus intervia de modo soberano nos planos humanos, refazendo-os e moldando-os segundo a sua vontade. Como alguns de seus amigos o confortaram, “a pressa é nossa e não de Deus”.

Esse breve relato da luta do Marcos contra o câncer termina aqui, embora sua história continue bravamente. Não sei quando ou por que comecei a relatar essa luta, mas desde que o fiz, senti-me responsável por dar continuidade à narrativa. E em assim fazendo, deparei-me com questionamentos sobre a vida, mas também com a graça de Deus a dar a todos nós o fôlego da vida. Vi o clamor e a solidariedade empreendidos pelo povo de Deus ao redor do mundo. Vi uma história de amor sobressair em meio à dor. Sobretudo, vi a força de um jovem que não se acovardou diante do desafio nem se atemorizou com a proximidade da morte. Vi a confiança do homem transformar-se em dependência de Deus, vi a os planos do homem desfazerem-se perante a vontade de Deus, e vi a fragilidade do homem sustentada pelo amor de Deus.

Rodrigo Bedritichuk

6 comentários:

Rafaela Schlucat disse...

Me emocionei ouvindo a primeira vez você lendo pra mim e me emocionei de novo lendo agora. Muito lindo! Obrigada por todas as palavras, Digo! Graças a Deus pela amizade de vocês! :)

Carol disse...

Lindo depoimento, linda amizade, linda história, Marcos. Deus é tremendo.

Tiago Turra disse...

Belo texto digo. Que história linda, como é bom vermos claramente o agir de Deus na vida daqueles que o amam.
Que Deus abençoe esse casal guerreiro, são um exemplo para todos.

Hélvio Sodré disse...

Narrativa magistral do milagre que contemplamos. Como é maravilhoso perceber a força que brota da fraqueza e a amizade que partilha fardo e gáudio. Privilégio conviver com vocês.

Jorge e Mariluza Carvalho disse...

Louvado seja o nosso Deus. Obrigado Senhor por nos permitir ver tuas maravilhas na vida do Marcos e de todos que têm o privilégio de compartilhar de seu testemunho. Valeu Digo.

Jorge e Mariluza Carvalho disse...

Li uma, li duas, li mais uma vez. Que privilégio temos todos nós de conviver com o Marcos e poder ver nitidamente o milagre da vida, o milagre do amor de Deus e de todos que convivem com o Marcos. Excelente texto Digo. Obrigado Marcos por nos brindar com seu testemunho e dependência total de Deus. Sabes o quanto te amamos. Você e Rafa nos encantam com esta linda história de amor, que será contada ainda em muitos lugares e lares.

Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.

Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna.
Isaías 26:3-4